quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Oficina de Wen-Do

O Coletivo de Mulheres em parceria como Coletivo Wendo de Curitiba está organizando uma oficina de Wen- Do, para ensinar essa técnica de defesa para as mulheres e fomentar a formação de coletivos de Wen - Do na cidade.
Então,
será nos dia 9 e 10 de outubro (sábado e domingo), no Sindipetro (Rua General Lima e Silva, 818. Cidade Baixa).
o horário é das 13h30 às 19h.
Como as instrutoras são de Curitiba e tiveram vários gastos em vir pra cá, o valor da inscrição será de 20 reais por pessoa, sendo que o pagamento deve ser adiantado. Aquelas que confirmarem presença respondendo a esse email, receberão instruções para fazer o pagamento.
Pedimos que as interessadas confirmem o mais rápido sua participação, já que as vagas são limitadas.
No sábado e domingo pela manhã iremos fazer uma reuniao com interessadas em formar um coletivo de wendo e a participação de todas é também muito bem-vinda.
Abaixo um pouco sobre a técnica.
Qualquer dúvida, nos contatem.

Esperamos a tua participação!

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O Wen-Do é uma autodefesa que surgiu no Canadá nos anos 60, feito por mulheres e para mulheres. Reúne técnicas fáceis para que possam ser usadas de forma efetiva, sem necessidade de força ou condicionamento físico.
Mas não se trata apenas disso; é uma prática que faz com que as mulheres reflitam sobre a violência de gênero em diversos aspectos (físicos, psicológicos, etc.) e, assim, aprendam a se prevenir e a se defender. É um espaço para o fortalecimento global das mulheres!
Sua Filosofia é que todas as pessoas têm o direito de viver uma vida livre de violência, ameaças e insultos – seja em situações extremas ou mesmo no dia-a-dia – pois isso não deveria “ser normal”. Assim, nossa meta é fazer do mundo um lugar seguro para uma mulher!
O Wen-Do é, acima de tudo, uma prática solidária!


Por que eu deveria praticar Wen-Do?
Eu ouvi dizer que são necessários muitos anos de treino para saber se defender. Não vai me dar uma falsa idéia de segurança? Não é pouco conhecimento para enfrentar o perigo?
Muitas mulheres se defendem sem conhecimento algum em defesa pessoal ou artes marciais. Usam apenas sua determinação ou o que lhes vêm à cabeça no momento, para escapar. O Wen-Do ajuda a desenvolver uma consciência a fim de prevenir os ataques. Ensina a usar vários tipos de estratégias, além de algumas técnicas físicas simples. Qualquer noção deste conhecimento já lhe pode ser útil. Não é um esporte, não requer força, velocidade ou agilidade. Aprendemos a manter a calma e identificar as saídas para cada tipo de situação. Durante os treinos, ao simularmos situações de violência, estamos apenas condicionando nosso corpo e nossa mente para reagir de determinada maneira ao sofrermos uma violência. Pode estar certa de que perigo maior é entrar em pânico e não saber o que fazer!


Praticando Wen-Do, vou ficar menos feminina? Significa que vou me tornar mais desconfiada e passar a odiar homens? Ou que vou ficar mais agressiva e procurar brigas?
Geralmente há um preconceito de que a defesa pessoal é ofensiva e agressiva. Associa-se a ela uma imagem de luta. Quando, na verdade, é apenas uma forma de protegermos o nosso espaço pessoal – seja ele físico ou psicológico (onde a violência é mais sutil e quase imperceptível).
No Wen-Do iniciamos um processo de construção de nossa segurança. Muito do que vivemos é porque não sabemos o que fazer para evitar, superar ou para acabar de vez com determinadas situações constrangedoras. O objetivo é aprender a identificar esses tipos de violência e saber escolher a alternativa que julgamos como melhor (física, verbal ou psicológica), de acordo com o grau de agressão que sofremos.

Mais informações podem ser encontradas em: http://wendocwb.blogspot.com/

Resoluções do III Encontro de Mulheres

II Encontro de Mulheres UFRGS – 18 e 19 de junho de 2010

ENCAMINHAMENTOS GERAIS

O III Encontro de Mulheres UFRGS propõe aos participantes:

1. Fomentar e multiplicar os assuntos e encaminhamentos do III Encontro em outros espaços;
2. Acrescentar à plenária final um relato breve de cada GDT, que traga os encaminhamentos de maneira contextualizada;
3. Incluir no IV Encontro de Mulheres UFRGS um espaço de avaliação a ser decidido posteriormente pela Comissão Organizadora.


GD 01 – Prazer, sexo e subjetividade:


1. A luta pela liberdade e autonomia do corpo, das relações e das orientações sexuais;
2. A desconstrução do conceito de monogamia como sinônimo de relações felizes e a desconstrução da obrigatoriedade de relações monogâmicas e heterossexuais;
3. A luta por direitos laicos que contemplem a diversidade de organizações da família e das relações afetivas, sem a normatização institucional da monogamia e da heterossexualidade;
4. Maior discussão sobre sexo e prazer feminino como forma de emancipação das mulheres;
5. Fazer atividades para entender os componentes do patriarcado, estudos mais aprofundados sobre os feminismos;
6. Pensar um feminismo que incorpore as dimensões do prazer e do desejo nos debates e ações cotidianas, compreendendo-os como direitos tão fundamentais quanto os demais direitos humanos;
7. Trazer movimentos sociais mais para dentro do debate feminista; - APROVADO
8. Questionar a interferência das religiões na liberdade das mulheres; - APROVADO
9. Debater a autonomia feminina;

GD 03 – Cultura, arte e libertação

1. Atividades culturais que reúnam várias expressões de artes feministas e femininas, construídas com intuito de repensar o protagonismo e a representação da mulher na arte em geral;
2. Incentivo às formas de arte e cultura que não representam a mulher de maneira subjugada ou objetificada;

GD 04 – Saúde da mulher: o que o machismo tem a ver com isso?

1. Diálogo com estudantes e profissionais da saúde, conscientizando e instrumentalizando-@s para intervenção adequada, com acompanhamento, nos casos de violência;
2. Atuação conjunta entre os setores da saúde com outras áreas, formando redes de proteção e assistência à mulher (Ex: Direito – lei Maria da Penha);
3. Organização d@s participantes em seus espaços políticos para articulação com comunidades em situação de vulnerabilidade;
4. Moção de repúdio a implementação do projeto de lei do estatuto do nascituro e bolsa estupro;
5. Proporcionar espaços de diálogos para fomentar o tema da saúde da mulher;
6. Contato com outros grupos políticos para juntamente construir a atividade no dia 29 de setembro, dia latino-americano pela descriminalização do aborto;
7. Incluir as especificidades relativas à saúde da mulher lésbica na formação d@s profissionais desta área;
8. Estimular o debate sobre parto normal, natural e formas alternativas de parto;
9. Aprimoramento junto à grupos de atendimento à saúde, de investigações da influência do machismo nas doenças psicossomáticas.

GD 05 – Homens e feminismo

1. Criar um GDT permanente e virtual, com posteriores encontros presenciais para debater textos;
2. A organização de uma campanha “homens podem ser feministas”, visual, cotidiana, que nos contemple em uma ação dentro e fora da universidade.