quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Escola Lilás de Direitos Humanos

Prezadas colegas,
Convidamos a todas para Participar do Curso de Capacitação para Jovens Feministas - Projeto Escola Lílás de Direitos Humanos - projeto desenvolvido pelo Coletivo Feminino Plural, em parceria com o NIEM/UFRGS e várias instituições, apoiada pela Rede de Parceria Social/Imama.
Para tirar dúvidas, ligue para o Coletivo pelo fone 3221-5298.
Abaixo, Programação do curso e em anexo material de divulgação.
Por favor, divulguem em suas listas.
Contamos com sua Participação!
NIEM/UFRGS.


Escola Lilás de Direitos Humanos – Realização: Coletivo Feminino Plural

Parcerias: Núcleo Interdisciplinar sobre Mulher e Gênero UFRGS, Núcleo de Estudos sobre Relações de Gênero PUC/RS, Centro Infanto Juvenil Monteiro Lobato e Rede Feminista de Saúde/RSMLAC

Apoio: Imama – Rede de Parceria Social e Secretaria da Mulher da Fecosul
As aulas serão das 19 às 22 horas, na FECOSUL.
Público-alvo - Jovens universitárias
Abertas 50 vagas para formação de turma (25 universitárias, 25 jovens da Restinga).
Temas e ministrantes:

24 de novembro - Direitos Humanos das Mulheres – Professora Terezinha Vergo, Advogada e Doutora em Sociologia. Comentadora: Leila Mattos, socióloga, coordenadora do Coletivo Feminino Plural.

25 de Novembro – Relações de Gênero e Violência – Professora Marlene Neves Strey – PHD em Psicologia – Núcleo de Estudos sobre Relações de Gênero da PUCRS. Comentadora: Maria Luisa Pereira de Oliveira, Mestre em Psicologia e integrante de Maria Mulher – Org. de Mulheres Negras.

26 de Novembro – História do Movimento de Mulheres – Professora Doutora Cristina Bruel, – Núcleo de Estudos sobre Relações de Gênero da PUCRS. Comentadora: Aparecida Luz Fernandes, Psicóloga, Especialista em Psicologia Institucional e Gestão Pública Participativa. Coletivo Feminino Plural.

8 de dezembro – Cidadania e participação política. Professora Doutora em Ciência Política Jussara Reis Prá, Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulhere e Gênero/UFRGS; Juventudes no Brasil – Léa Epping, Mestre em Ciência Política na UFRGS. Comentadora: Silvana Maria da Silva, Fecosul.

9 de Dezembro – Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Sexualidade. Telia Negrão, Mestre em Ciência Política. Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; Renata Jardim, Mestre em Antropologia, NUPACS/UFRGS.

10 de Dezembro – Feminismo. Teoria e Prática transformadora. Licia Peres, socióloga. Comentadora:

Local: Auditório da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul. Rua dos Andradas, 943, 701 - Centro.

Estas são Todas as Atividades do Projeto:

Curso: 24 horas/aula distribuídas entre os dias 24, 25 e 26 de novembro de 2010 e 8, 9 e 10 de dezembro de 2010, das 19 as 22 horas. Local: Auditório da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul. Rua dos Andradas, 943, 701 - Centro

  • 02 visitas ao bairro da Restinga em Janeiro 2011 (01 obrigatória); 02 visitas ao bairro da Restinga em Fevereiro 2011 (01 obrigatória) ou 02 visitas em cada mês, a escolher. Jan ( ) Fev ( )
  • 06 atividades de extensão na Restinga para ministrar Oficinas (02 obrigatórias por pessoa). Atividades grupais, em março e abril de 2011.
  • 01 oficina compartilhada entre os públicos sobre metodologia feminista de formação em DH.
  • Serão fornecidos os materiais didáticos e lanche.

Certificado pelo PROREXT/UFRGS – NIEM/UFRGS e Coletivo Feminino Plural.

O curso é gratuito, será cobrado apenas o valor do certificado estipulado pela PROREXT (em torno de RS 4,00).
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Oficina de Wen-Do

O Coletivo de Mulheres em parceria como Coletivo Wendo de Curitiba está organizando uma oficina de Wen- Do, para ensinar essa técnica de defesa para as mulheres e fomentar a formação de coletivos de Wen - Do na cidade.
Então,
será nos dia 9 e 10 de outubro (sábado e domingo), no Sindipetro (Rua General Lima e Silva, 818. Cidade Baixa).
o horário é das 13h30 às 19h.
Como as instrutoras são de Curitiba e tiveram vários gastos em vir pra cá, o valor da inscrição será de 20 reais por pessoa, sendo que o pagamento deve ser adiantado. Aquelas que confirmarem presença respondendo a esse email, receberão instruções para fazer o pagamento.
Pedimos que as interessadas confirmem o mais rápido sua participação, já que as vagas são limitadas.
No sábado e domingo pela manhã iremos fazer uma reuniao com interessadas em formar um coletivo de wendo e a participação de todas é também muito bem-vinda.
Abaixo um pouco sobre a técnica.
Qualquer dúvida, nos contatem.

Esperamos a tua participação!

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O Wen-Do é uma autodefesa que surgiu no Canadá nos anos 60, feito por mulheres e para mulheres. Reúne técnicas fáceis para que possam ser usadas de forma efetiva, sem necessidade de força ou condicionamento físico.
Mas não se trata apenas disso; é uma prática que faz com que as mulheres reflitam sobre a violência de gênero em diversos aspectos (físicos, psicológicos, etc.) e, assim, aprendam a se prevenir e a se defender. É um espaço para o fortalecimento global das mulheres!
Sua Filosofia é que todas as pessoas têm o direito de viver uma vida livre de violência, ameaças e insultos – seja em situações extremas ou mesmo no dia-a-dia – pois isso não deveria “ser normal”. Assim, nossa meta é fazer do mundo um lugar seguro para uma mulher!
O Wen-Do é, acima de tudo, uma prática solidária!


Por que eu deveria praticar Wen-Do?
Eu ouvi dizer que são necessários muitos anos de treino para saber se defender. Não vai me dar uma falsa idéia de segurança? Não é pouco conhecimento para enfrentar o perigo?
Muitas mulheres se defendem sem conhecimento algum em defesa pessoal ou artes marciais. Usam apenas sua determinação ou o que lhes vêm à cabeça no momento, para escapar. O Wen-Do ajuda a desenvolver uma consciência a fim de prevenir os ataques. Ensina a usar vários tipos de estratégias, além de algumas técnicas físicas simples. Qualquer noção deste conhecimento já lhe pode ser útil. Não é um esporte, não requer força, velocidade ou agilidade. Aprendemos a manter a calma e identificar as saídas para cada tipo de situação. Durante os treinos, ao simularmos situações de violência, estamos apenas condicionando nosso corpo e nossa mente para reagir de determinada maneira ao sofrermos uma violência. Pode estar certa de que perigo maior é entrar em pânico e não saber o que fazer!


Praticando Wen-Do, vou ficar menos feminina? Significa que vou me tornar mais desconfiada e passar a odiar homens? Ou que vou ficar mais agressiva e procurar brigas?
Geralmente há um preconceito de que a defesa pessoal é ofensiva e agressiva. Associa-se a ela uma imagem de luta. Quando, na verdade, é apenas uma forma de protegermos o nosso espaço pessoal – seja ele físico ou psicológico (onde a violência é mais sutil e quase imperceptível).
No Wen-Do iniciamos um processo de construção de nossa segurança. Muito do que vivemos é porque não sabemos o que fazer para evitar, superar ou para acabar de vez com determinadas situações constrangedoras. O objetivo é aprender a identificar esses tipos de violência e saber escolher a alternativa que julgamos como melhor (física, verbal ou psicológica), de acordo com o grau de agressão que sofremos.

Mais informações podem ser encontradas em: http://wendocwb.blogspot.com/

Resoluções do III Encontro de Mulheres

II Encontro de Mulheres UFRGS – 18 e 19 de junho de 2010

ENCAMINHAMENTOS GERAIS

O III Encontro de Mulheres UFRGS propõe aos participantes:

1. Fomentar e multiplicar os assuntos e encaminhamentos do III Encontro em outros espaços;
2. Acrescentar à plenária final um relato breve de cada GDT, que traga os encaminhamentos de maneira contextualizada;
3. Incluir no IV Encontro de Mulheres UFRGS um espaço de avaliação a ser decidido posteriormente pela Comissão Organizadora.


GD 01 – Prazer, sexo e subjetividade:


1. A luta pela liberdade e autonomia do corpo, das relações e das orientações sexuais;
2. A desconstrução do conceito de monogamia como sinônimo de relações felizes e a desconstrução da obrigatoriedade de relações monogâmicas e heterossexuais;
3. A luta por direitos laicos que contemplem a diversidade de organizações da família e das relações afetivas, sem a normatização institucional da monogamia e da heterossexualidade;
4. Maior discussão sobre sexo e prazer feminino como forma de emancipação das mulheres;
5. Fazer atividades para entender os componentes do patriarcado, estudos mais aprofundados sobre os feminismos;
6. Pensar um feminismo que incorpore as dimensões do prazer e do desejo nos debates e ações cotidianas, compreendendo-os como direitos tão fundamentais quanto os demais direitos humanos;
7. Trazer movimentos sociais mais para dentro do debate feminista; - APROVADO
8. Questionar a interferência das religiões na liberdade das mulheres; - APROVADO
9. Debater a autonomia feminina;

GD 03 – Cultura, arte e libertação

1. Atividades culturais que reúnam várias expressões de artes feministas e femininas, construídas com intuito de repensar o protagonismo e a representação da mulher na arte em geral;
2. Incentivo às formas de arte e cultura que não representam a mulher de maneira subjugada ou objetificada;

GD 04 – Saúde da mulher: o que o machismo tem a ver com isso?

1. Diálogo com estudantes e profissionais da saúde, conscientizando e instrumentalizando-@s para intervenção adequada, com acompanhamento, nos casos de violência;
2. Atuação conjunta entre os setores da saúde com outras áreas, formando redes de proteção e assistência à mulher (Ex: Direito – lei Maria da Penha);
3. Organização d@s participantes em seus espaços políticos para articulação com comunidades em situação de vulnerabilidade;
4. Moção de repúdio a implementação do projeto de lei do estatuto do nascituro e bolsa estupro;
5. Proporcionar espaços de diálogos para fomentar o tema da saúde da mulher;
6. Contato com outros grupos políticos para juntamente construir a atividade no dia 29 de setembro, dia latino-americano pela descriminalização do aborto;
7. Incluir as especificidades relativas à saúde da mulher lésbica na formação d@s profissionais desta área;
8. Estimular o debate sobre parto normal, natural e formas alternativas de parto;
9. Aprimoramento junto à grupos de atendimento à saúde, de investigações da influência do machismo nas doenças psicossomáticas.

GD 05 – Homens e feminismo

1. Criar um GDT permanente e virtual, com posteriores encontros presenciais para debater textos;
2. A organização de uma campanha “homens podem ser feministas”, visual, cotidiana, que nos contemple em uma ação dentro e fora da universidade.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Programação do III EMUFRGS

QUINTA-FEIRA, 17/06
22h Festa de Abertura
Show com integrantes das bandas Electric Mind & Acustic Hearts e A Red So Deep e discotecam: "Apresentando o Riot Grrl"
66 pub, Lopo Gonçalves, 66
R$ 4,00 com Flyer e para tod@s @s inscrit@s no III Encontro.

SEXTA-FEIRA, 18/06
18:30 - MESA 1 - "Mulheres: Identidades Distintas, Opressões Somadas"
Palestrantes: Movimento LGBT
Marietti Fialho - Músicista e Ativista Cultural
Maria Rosângela da Silva - Trabalhadora Indígena
Luciana "Mana" - Direção Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas
Patricia Braga de Jesus - Trabalhadora da Construção Civil
Mediadora: Bruna Rossi Koerich - Coletivo de Mulheres UFRGS



SÁBADO, 19/06

9H - MESA 2 - "Movimento de Mulheres, Políticas Públicas e Emancipação Feminina"
Palestrantes: Aline Bonetti – Antropóloga, trabalhou no IPEA e Professora Substituta da UFRGS
Nina Tonin- Coordenação Nacional do MST

Kátia Carolina Meurer Azambuja - Licencianda em Ciências Sociais/Coletivo de Mulheres UFRGS

Mediadora: Martha Stone Jacondino - Coletivo de Mulheres UFRGS



ALMOÇO (12h as 13h30)

OFICINA ARTISTICA (13h15 as 13h45)


14h às 17h
GRUPOS DE DISCUSSAO E TRABALHO
1. "Prazer: Sexo e Subjetividade"
Facilitadora: Ângela Figueiredo (Psicóloga e professora da PUC/RS)
2. “Economia alternativa: o trabalho pelas mãos femininas”
Facilitadora: Ana Hanauer (Coordenação Nacional do MST)
3. “Cultura, Arte e Libertação”
Facilitadora:
Marietti Fialho - Músicista e Ativista Cultural
4. “Saúde da Mulher: O que o Machismo tem a ver com isso?"
Facilitadora: Cristiane Bens Pegoraro (Psicóloga, Residente na ênfase Saúde da Família e Comunidade RIS/ GHC e integrante do Coletivo de Mulheres UFRGS)
5. “Homens e feminismo”
Facilitador: Diego "Dresch" R. Hoch de Menezes (Sociólogo e integrante do Coletivo de Mulheres UFRGS)



17h às 18h
COFEEBREAK
ENCONTRO DE GRUPOS FEMINISTAS
OFICINA DE EXPRESSÃO CORPORAL (17h15)
18h às 21h – PLENÁRIA FINAL
Inscrições:

https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFI5czg4dG5jNWJoVE9uNWU4SkU5cEE6MQ
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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Encontro de Grupos Feministas dentro do III EMUFRGS

Sobre o Encontro de Grupos Feministas...

Temos o intuito de aproveitar o III Encontro de Mulheres UFRGS para conhecermos os grupos feministas que temos em Porto Alegre e no RS (e quem mais vier).
Para que possamos nos articular, formar uma rede de contribuição entre os grupos.

A idéia é que todas as pessoas que estejam no encontro e queiram participar fiquem a vontade, mas o objetivo é a troca de contatos e experiências (e também divulgação) dos gurpos.

Esperamos por tod@s!
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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Incrições abertas para o III Encontro de Mulheres UFRGS

Estão abertas as inscrições para o III Encontro de Mulheres UFRGS que se realizará nos dias 18 e 19 de junho no auditório da Faculdade de Economia UFRGS.
Para se inscrever acesse o link abaixo e preencha com seus dados.

https://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dFI5czg4dG5jNWJoVE9uNWU4SkU5cEE6MQ

A inscrição é gratuita, mas se você quiser o certificado do evento, cobraremos uma taxa de R$5,00 (taxa cobrada pela PROREXT para emissão dos certificados) na hora do credenciamento. Terão direito ao certificado as pessoas que participarem de no mínimo 75% das atividades do evento.
Por favor, façam suas inscrição online até dia 17/06, quinta-feira a noite, após somente na hora do evento.

Mais informações em breve...

PS.: se o link nao abrir, copie e cole-o no seu navegador.
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domingo, 6 de junho de 2010

E no Peru a questão do aborto avança...


Lima, jueves 27 de mayo

En la Antesala del Día Internacional de Acción por la Salud de la Mujer se presentó hoy al mediodía, en el Hotel Riviera, la Línea Aborto: Información segura (01) 945-411-951
Contacto de prensa: (o1) 997-444-539

Este proyecto impulsado por el Colectivo por la Libre Información para las Mujeres (CLIM) brinda información científica sobre el uso de medicamentos en interrupción de embarazos, de manera gratuita y vía telefónica. La información está basada en investigaciones de la Organización Mundial de la Salud (OMS) y la Federación Latinoamericana de Sociedades de Obstetricia y Ginecología (FLASOG).

La conferencia de prensa comenzó con la exposición de los voceros oficiales, Fátima Valdivia y Arón Núnez-Curto. Los voceros presentaron los objetivos y fundamentos del proyecto, brindando también un estimado sobre las mujeres que abortan anualmente en el país: 350,000 mujeres.

Durante los últimos años, líneas similares están funcionando en Ecuador, Chile y Argentina. Una integrante de la iniciativa argentina, Verónica Marzano del grupo Lesbianas y Feministas por la Despenalización del Aborto, estuvo en la conferencia de prensa. Asimismo, estuvo Susan Davies, integrante de la organización holandesa Mujeres sobre las Olas que brinda apoyo institucional a la iniciativa peruana.

Para hablar de la problemática del aborto desde distintas perspectivas sociales estuvieron en la mesa las feministas Gina Vargas, Maria Emma Mannarelli y María Ysabel Cedano. Miguel Gutiérrez, médico especialista en derechos sexuales y reproductivos, se refirió a los alcances científicos en la utilización de medicamentos para la interrupción del embarazo.

El proyecto Línea de Aborto: Información Segura (01) 945-411-951 es una acción directa y política por la salud de las mujeres, su derecho al acceso y difusión de información pública y en contra de la clandestinidad del aborto.
Mayor información:

http://www.lineabortoinfosegura.blogspot.com
Fonte: www.kaosenlared.net

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Direito ao aborto em caso de estupro está ameaçado



Projeto de Lei dispõe sobre a proteção do nascituro e retira o direito da mulher, hoje garantido por lei, de abortar em caso de estupro

O artigo 128 do Código Penal Brasileiro permite a prática do aborto realizada por médicos em dois casos: se não há outro meio de salvar a vida da gestante (aborto terapêutico), ou se a gravidez resulta de estupro e há consentimento da gestante (aborto sentimental). Direito esse garantido desde 1940, quando entrou em vigência o Código Penal. No entanto, esse artigo pode ser revogado, ainda que não expressamente, se aprovado o Projeto de Lei nº 478/07, proposto pelos deputados Luiz Bassuma (PT-BA, atualmente no PV) e Miguel Martini (PHS-MG), que dispõe sobre a proteção do nascituro. As organizações de defesa dos direitos da mulher colocam que se trata de um retrocesso revogar um direito reconhecido à mulher desde a primeira metade do século XX.
O Projeto de Lei entende que naciturno é o ser humano concebido, mas ainda não nascido e dispõe sobre sua proteção integral desde a concepção. Dessa forma, conforme o art. 13 do PL 478/07, a gestante que for vítima de violência sexual não poderá interromper a gravidez. Junto com os demais dispositivos da proposta normativa, o art. 13 revoga tacitamente o art. 128 do Código Penal, que dispõe sobre o aborto legal. Isso significa que o PL, sem expressar isso no corpo do texto, retira e invalida a existência e eficácia do dispositivo penal que permite o aborto terapêutico e o aborto sentimental. Deve-se pontuar que a revogação tácita é vedada na legislação brasileira, de forma que o Projeto de Lei que a realizar está violando a Lei Complementar nº 95, de 1998, e o Decreto nº 4.176, de 2002, que estabelecem normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a consolidação e o encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo Federal. Logo, o PL nº 478, de 2007, é ilegal.
O art. 13 traz ainda que o agressor será responsável por pagar pensão alimentícia até que a criança complete 18 anos, e caso não seja identificado, a obrigação recai sobre o Estado, o que seria um absurdo, a menos que se pense na descriminalização do crime de estupro, visto que, uma vez preso, não haveria como o genitor, mesmo identificado, pagar pensão alimentícia; ou que se idealize a retomada da antiga legislação criminal, em que se previa a extinção da punição do infrator de tal violência sexual, caso a vítima se casasse com ele (redação anterior do inciso VII do art. 107 do Código Penal, revogado pela Lei nº 11.106, de 2005).
Em decorrência do art. 13, instituições e associações voltadas à defesa dos direitos da mulher apelidaram o PL de "Bolsa Estupro", e afirmam que ele poderá ocasionar um aumento no número de processos com acusações falsas; além do aumento dos crimes de calúnia e consequente sobrecarga da máquina do Judiciário, acrescentando-se, ainda, o excessivo ônus ao Estado.
O PL está tramitando na Câmara dos Deputados e foi votado, nesta quarta-feira, dia 19 de maio, pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF). Somente nessa comissão, ele já foi retirado de pauta quatro vezes. Na última reunião ordinária da CSSF, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) apresentou requerimento de retirada de pauta por 9 sessões, o que foi rejeitado pela maioria dos presentes. Dessa forma, provavelmente, o PL será submetido à aprovação da Comissão na próxima reunião da CSSF.
Se aprovado o Projeto de Lei, fica proibida também qualquer "incitação" ou "apologia ao aborto", termos que sugerem o cerceamento do direito de livre expressão e manifestação sobre a temática.O debate sobre o aborto no Brasil se intensificou muito nos últimos anos, devido principalmente à mobilização das organizações de mulheres e feministas, que serve de estímulo para o lançamento de pesquisas acadêmicas e para a discussão na mídia. A temática do aborto também tem sido objeto de discussão no âmbito dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. As organizações envolvidas no debate defendem a inclusão do aborto enquanto uma questão de saúde pública, enfatizando também a autonomia das mulheres e seu direito de escolha. O ponto crucial do debate é a criminalização do aborto, que leva várias mulheres à morte todos os anos, por realizarem o procedimento em clínicas clandestinas ou pela ingestão de medicamentos sem nenhuma instrução médica.
O cálculo da magnitude do aborto no Brasil tem como maior desafio a dificuldade de acesso a dados fidedignos, além da omissão das mulheres que passaram pelo procedimento, por medo de serem estigmatizadas socialmente e até mesmo condenadas judicialmente. Relatório lançado pelo Ministério da Saúde, em 2009, intitulado "20 anos de pesquisas sobre aborto no Brasil", aponta a magnitude do aborto ilegal no país a partir da década de 1990, quando o aborto induzido se manteve entre a terceira e a quarta causas de mortalidade materna em várias capitais brasileiras. A estimativa oficial da razão de morte materna é de 76 a cada 100 mil habitantes. De acordo com estudo recente do Ipas, o número estimado de abortos inseguros, em 1992, era equivalente a 43% dos nascimentos vivos. Esta proporção cai para 31% em 1996. Apesar de ter diminuído na década de 1990, em 2005, ainda correspondia a cerca de 30% dos nascimentos.
Em 2005, foi entregue na Câmara dos Deputados anteprojeto de lei que previa a descriminalização e legalização do aborto no Brasil. O anteprojeto foi elaborado por uma Comissão Tripartite, instituída pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR) e integrada por representantes dos poderes Executivo e Legislativo e da Sociedade Civil, os quais propuseram uma profunda revisão na legislação brasileira sobre aborto. Porém, não foi dada continuidade ao resultado final da Comissão, ou seja, ao anteprojeto de lei que continha a proposta de revisão da legislação punitiva do aborto, em razão da mudança de legislatura. Nunca foi aprovada nenhuma lei que descriminaliza o aborto, e o tema continua sendo discutido nas esferas tanto privadas quanto públicas.
Cumpre, novamente, ressaltar que o Projeto de Lei nº 478, de 2007, uma vez aprovado, apresentará um grande retrocesso social e implicará a violação dos direitos fundamentais das mulheres, pois, em sua atual redação, não permite qualquer prática do aborto, inclusive quando a gestante esteja sob risco de morte e quando a gravidez seja resultado de um dos mais cruéis dos crimes, o estupro. Com isso, estar-se-á insistindo no erro que leva milhares de mulheres à morte no Brasil: tratar o aborto como questão de política criminal, ao invés de entender e enfrentá-lo enquanto problema de saúde pública.

Fonte: SPM
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terça-feira, 25 de maio de 2010

III Encontro de Mulheres UFRGS


Esboço de Programação:

Sexta-feira – 18.06
MESA 1 (18h30): "Mulheres: Identidades Distintas, Opressões Somadas"
Palestrantes:
Movimento LGBT
Movimento Negro
Movimento Indígena
Via Campesina/Movimento de Mulheres Camponesas

Sábado – 19.06
MESA 2 (9h30): "Movimento de Mulheres, Políticas Públicas e Emancipação Feminina"
Palestrantes:
Movimento Social
Especialista em Políticas Públicas
Coletivo de Mulheres UFRGS

ALMOÇO (12h as 13h30)

OFICINA ARTISTICA (13h15 as 13h45)

GRUPOS DE DISCUSSAO E TRABALHO (14h às 17h)
1. "Prazer: Sexo e Subjetividade"
2. “Economia alternativa: o trabalho pelas mãos femininas”
3. “Cultura, Arte e Libertação
4. “Saúde da Mulher: O que o Machismo tem a ver com isso?"
5. “Homens e feminismo”

ENCONTRO DE GRUPOS FEMINISTAS e Coffee Break (17h às 18h)

OFICINA CORPORAL (17h15)

PLENÁRIA FINAL (19h às 21h)


Está aí um pouquinho do que será o nosso III Encontro de Mulheres UFRGS, que se realizará nos dias 18 e 19 de junho de 2010, na FCE UFRGS.
Em breve mais detalhes da programação e o início das incrições.
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Produtora da música ‘Um Tapinha Não Dói’ é multada.

25/03 – 20:56 – Agência Estado

A Justiça Federal de Porto Alegre condenou a empresa Furação 2000 Produções Artísticas ao pagamento de multa de R$ 500 mil pelo lançamento da música Um Tapinha Não Dói , por entender que a letra banaliza a violência e estimula a sociedade a inferiorizar a mulher. A decisão foi tomada pelo juiz federal substituto Adriano Vitalino dos Santos, da 7ª Vara Federal, e pode ser contestada em instâncias superiores.
A ação foi movida há sete anos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela organização não-governamental (ONG) Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero, que alegaram que a letra justifica a violência masculina a partir do comportamento sexual da mulher. Sustentaram ainda que a liberdade de expressão não é direito absoluto e tem limitações reconhecidas pela Constituição em face do princípio da dignidade. O juiz entendeu que houve dano moral difuso à mulher e estabeleceu a multa, que deverá ser revertida ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos.”


http://alemdogenero.wordpress.com/2008/04/01/produtora-da-musica-um-tapinha-nao-doi-e-multada/


" Um tapa dói sim, e muito!!"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ser mulher no século XX e XXI:

O legado de Susan Sontag e Grabrielle (Coco) Chanel
-26 de maio das 18 às 20h30



O mito do amor romântico que leva ao casamento e à felicidade é uma invenção do fim do século XVIII. Nas últimas décadas, a expectativa quanto ao casamento como o caminho para a realização pessoal cresceu muito. A decepção e a insatisfação cresceram junto.

A expectativa quanto à felicidade que o amor deve proporcionar complicou o casamento e outras relações possíveis, pois exige do casal um esforço inédito para que as coisas dêem certo. Essa nova realidade é uma enorme fonte de stress e depressão.

O grupo de discussão propõe-se analisar as relações entre sexualidade e política e colocar em questão que talvez o problema não seja do sujeito, mas da incapacidade do casamento em cumprir as promessas de felicidade.

Por que o (a) solteiro (a), o (a) separado (a) e sujeitos que optam por outras formas de vivências fora do modelo padrão do casamento são tratados como perdedores? Por que é difícil falar de felicidade se você vai contra a norma social, que é casar-se e constituir um lar tradicional.

No meio literário, na cultura, mulheres como Susan Sontag, Coco Channel e, muitas outras merecem destaque, e devem ser lembradas por serem mulheres de muita expressão no cenário mundial devido à reflexão que seus textos, produções e opções de vida incitam em nós leitores (as) acerca do papel da mulher na sociedade. Reivindicaram direitos de visibilidade e atuação concreta no dia-a-dia de uma sociedade e, antes de tudo, lutaram para se encontrar e encontrar seu lugar no mundo sem sentir vergonha ou constrangimentos, situaram o lugar dos seus desejos.

A partir da reflexão sobre as trajetórias de vida de Susan Sontag e Coco Chanel, faremos o debate sobre o mito do amor romântico e o consumo da utopia romântica. Ou seja, como se conecta o amor com a cultura do capitalismo tardio buscando compreender as formas e os mecanismos mediante os quais se produz a intersecção das emoções românticas com a cultura, economia e organização social do capitalismo avançado.

Uma reflexão a partir de:
El Consumo de La Utopía Romántica: El Amor y Las Contradiciones Culturales del Capitalismo. Illouz, Eva. Buenos Aires, Katz, 2009.
Diários Susan Sontag 1947-1963. Rieff David. Companhia das Letras,2009.
Against Love – A Polemic (Contra o Amor – Uma Polêmica). Kipnis, Laura.
O Evangelho de Coco Chanel: Lições de Vida da Mulher mais Elegante do Mundo. Karbo,Karen.
Coco Chanel. A Biography. Madsen, Axel. Bloomsbury UK.


Coordenação: Márcia Esteves de Calazans, Psicóloga Social. Mestre em Psicologia Social e Institucional pela UFRGS. Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dedica-se aos estudos com enfase na Psicologia Social , Sociologia do Trabalho e das Organizações e Sociologia da Cultura.


Informações e inscrições pelos telefones: 3062-7282/ 9261-8315
Visite o sítio :
www.marciacalazans.com.br

quinta-feira, 20 de maio de 2010

III Encontro de Mulheres UFRGS

Já estamos organizando o III Encontro de Mulheres UFRGS, que se realizará nos dias 18 e 19 de junho, no auditório da Faculdae de Economia UFRGS.


Aguardem mais informações na semana que vem!!


"Liberdade, ou é para tod@s ou é tudo por nada!"

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ladyfest 2010, com Team Dresch no Brasil!!

LADYFEST BRASIL 2010

10 ANOS DE FEMINISMO JOVEM RADICAL

A primeira edição do festival cultural feminista Ladyfest aconteceu a exatos 10 anos atrás em Olympia, nos EUA.

Em 2004, a primeira edição brasileira tomou vários espaços da cidade de São Paulo para abrir caminho pra mais 4 edições que vieram nos anos seguintes. Em cada edição o público foi crescendo, chegando sempre na casa dos milhares, e a cobertura da midia grande e alternativa também se expandiu.

Celebrando uma cena de jovens mulheres em busca de igualdade usando meios faça-você-mesma e carimbando na história dos movimentos sociais de esquerda no Brasil uma produção cultural revolucionária sem precedentes, a edição brasileira do festival esse ano comemora não só a criação de um movimento contra cultural, mas a manutenção de um ideal, seja através de atitudes, questionamentos ou resistência gritada ao topo dos pulmões, em letras de música, fanzines e arte de rua.

O Ladyfest Brasil 2010 celebra não só a renovação política que movimentos jovens feministas como o riot grrrl trouxeram para a cena punk brasileira, mas todas as mulheres que, após longo ou breve contato com o ativismo feminista cultural, levaram esse ideal de forma séria e eterna pra suas vidas, mantendo seu discurso feminista atual e intacto, sem abrir concessões.

O Ladyfest Brasil 2010 é organizado por Anelise Csapo, Elisa Gargiulo, , Marcela Mattos, Adriessa Oliveira, Bruna Mantese, Bruna Provazi e Elaine Campos.

E esse ano nós da organização temos o orgulho e o prazer de anunciar a presença de uma das maiores inspirações musicais e políticas para a cena punk feminista.
Direto de Portland, EUA, Team Dresch.
O festival ocorre entre os dias 15 e 23 de maio nas cidades de São Paulo e Santos.




Mais informações:
http://ladyfestbrasil2010.blogspot.com/

terça-feira, 4 de maio de 2010

Ocupação Casa do Estudante UFRGS pelas Mulheres 29/04/1980



SOBRE O MOVIMENTO PELA ENTRADA FEMININA NA CEU DOS ANOS 80
Rualdo Menegat

O movimento pela entrada das mulheres na Casa do Estudante Universitário da UFRGS gerou uma das maiores discussões sobre costumes na história de Porto Alegre no início dos anos 80. Por meio de uma reivindicação simples à visita de mulheres numa casa de estudantes, esse movimento mostrou toda a perversidade cotidiana que reinava na universidade e na sociedade nos anos de chumbo: os colegas dedos-duro convivendo sob o mesmo teto, as associações estudantis pelegas, a hipocrisia e o descaso das autoridades universitárias, o autoritarismo fora de controle, o preconceito contra a mulher...

O movimento, contudo, conseguiu ir muito além da reivindicação: de forma criativa, contagiou a todos e a todas e aprofundou a discussão sobre repressão sexual na juventude, modo de vida e liberdade. Desafiando o poder das baionetas, tornou-se um paradigma no Brasil e, em pouco tempo, foi derrubada qualquer restrição à entrada feminima ou masculina nas casas de estudantes brasileiras. Mas, fundamentalmente, mostrou que era possível derrotar o terror e o medo com a união de tod@s. Que era possível sonhar e realizar o sonho em plena ditadura militar.

Foi um acontecimento todo ele bonito. Exemplar. Vigoroso. Revolucionário. Que sinalizou como a vida poderia ser diferente quando não há autoritarismo e repressão. Quando respeitamos o outro sem preconceito e com toda a humanidade que nos é possível.


terça-feira, 27 de abril de 2010

30 Anos de Ocupação da CEU pelas Mulheres

No dia 29 de abril deste ano completam-se os 30 anos em que as mulheres ocuparam a Casa do Estudante Universitário como forma reivindicar o direito à moradia. Até então, todas as vagas da Casa restringiam- se a pessoas do sexo masculino. A possibilidade de entrada das mulheres na CEU é um marco histórico nesta universidade, precedida de mobilização e luta para sua concretização. Na intenção de rememorar esse período e como forma de fomentar um debate sobre as questões de gênero no ambiente acadêmico, o Coletivo de Mulheres UFRGS comunica que está organizando uma atividade alusiva à entrada das mulheres na CEU no dia 29 de abril, às 19 horas na Sala X da Casa do Estudante. Na ocasião, será exibido um documentário da época, seguido de um debate com ativistas que organizaram e participaram do ato.

Até lá!



domingo, 18 de abril de 2010

Entre as linhas da História: Mulheres e Feminismos

O Centro Acadêmico de História da UFRGS e o Coletivo de Mulheres UFRGS convidam:

Curso de extensão: Entre as linhas da História; Mulheres e Feminismos

Dias 27 e 28 de abril no Campus do Vale/UFRGS - Bento Gonçalves nº9500, no prédio do IFCH

Curso com entrada franca, para quem quiser certificado (16h) o custo é R$5,00

INSCRIÇÕES:
Enviar para chist.ufrgs@gmail.com um e-mail com as seguintes informações:
Nome:

RG:

Data de Nascimento:

Nº do cartão da UFRGS (caso seja da instituição):


PROGRAMAÇÃO:

27 de abril (terça-feira)

Turno da Noite (18h30min - 22h) - Miniauditório IFCH
Mesa de abertura: Feminismos
  • Feminismos no Brasil contemporâneo – Natalia Pietra Méndez (Doutora em História/UFRGS, Profª UCS)
  • Gênero, Poder e Feminismo – Alinne de Lima Bonetti (Doutora em Ciências Sociais/UNICAMP, Profª UFRGS)

28 de abril (quarta-feira)

Turno da Manhã (8h30min - 12h) - Multimeios IFCH
Mesa redonda: Movimentos sociais, violência de
gênero e feminino na mídia: olhares
  • As mulheres na atualidade e nos movimentos sociais – Saraí Fátima Brixner (Integrante do Movimento Pequenos Agricultores – MPA/Via Campesina)
  • Violências de gênero e direitos da mulher – Teresinha Maria Woelffel Vergo (Mestre em Sociologia/UFRGS)
  • Construções de feminino na mídia - (Jane Felipe de Souza, Pós-Doutora em Cultura Visual/Universidad de Barcelona, Profª UFRGS)
Meio-dia (12h) - CHIST - IFCH
Almoço coletivo

Turno da tarde (14h– 18h) - CHIST - IFCH
Debate e Oficinas
  • 14h às 16h: Chimarrão e debate – “Lugar de mulher é aonde??”
  • 16h às 18h: Oficinas paralelas
· Stencil
· Filtro dos sonhos
· Olho de Deus
· Camisetas coloridas

Turno da Noite (18h30min - 22h) - Pantheon - IFCH
Filme comentado: As Horas (The Hours, Stephen
Daldry, 2002)
  • Gênero e Sexualidade em As Horas - Franciele Becher (Mestranda
em História Social/UFRGS) e Linara Segalin (Mestranda em História
Social/UFRGS)

Organização: GT de Extensão CHIST 2010 – Gestão “É Só Chegar!”
Apoio: Coletivo de Mulheres da UFRGS

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Reflexões cotidianas para o cotidiano


- Mas eu não sou machista! É que tu estás vendo alguma outra mulher aqui pra fazer o café?

Quando as situações não são levadas mais a fundo, quase ninguém percebe as desigualdades...
Por que cabe à mulher servir o café? Por que servir café é, majoritariamente, um trabalho destinado à mulher? E se ocupamos cargos iguais aos dos homens e com a mesma carga horária, nossos salários também são iguais aos deles? E nesse caso, a quem será pedido um café? E as mulheres negras, terão as mesmas oportunidades das mulheres brancas?

Esses tempos fui a uma reunião do Conselho Universitário da UFRGS, espaço em que se decidem os rumos da Universidade, espaço que já enalteceu a mulher e a sociedade, que agora possui homens e mulheres trabalhando fora de casa. Espaço que enalteceu, também, as ações afirmativas na Universidade (que na minha opinião merecem todo apoio). Mas, olhando para as pessoas que presidiam o CONSUN, enxerguei apenas homens; olhando para os conselheiros, enxerguei homens e mulheres; olhando para quem servia água e café, enxerguei uma mulher negra. A única pessoa que servia às demais era uma mulher, a única pessoa negra na sala servia às demais.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mujeres en Escena/Transgredir el escenario - Un acercamiento a las artistas en el Teatro Solís: 1856-1947


Exposição no Teatro Solís - Montevideo

"Por qué una historia de las mujeres? Más bien, por qué una exposición sobre artistas mujeres? Será que la historia artística debe separar la creación según sea obra de mujeres o de hombres? Hay toda una bibliografía al respecto de la necesidad de (re)construir una historia de las mujeres y, por otro lado, otro tanto sobre el debate de capturar "lo efímero" de las artes de la representación. Las huellas que quedan en un libreto, un programa, una fotografía o una filamción no son el arte en sí, sino rastros de lo que fue la escena en vivo, ya sea representada, pensada, en fin, llevada adelante por hombres o por mujeres."*


*Por que uma história de mulheres? Ou melhor, por que uma exposição sobre artistas mulheres? Será que a históira artística deve separar a criação segundo seja uma obra de mulheres ou de homens? Há toda uma bibliografia a respeito da necessidade de (re)construir uma história de mulheres e, por outro lado, outro tanto sobre o debate de capturar "o efêmero" das artes da representação. As pegadas que ficam num libreto, num programa, numa fotografia ou numa filmagem não são a arte em si, mas rastros do que foi a cena ao vivo, seja representada, pensada, enfim, levadaadiante por homens ou por mulheres.

**Foto de Margarita Xirgu, atriz espanhola que atuou nos palcos do Teatro Solís.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ATO na Reitoria - Sexta (09/04) às 8h!

Passados os dois debates públicos que serviram para ampliar a discussão sobre o Parque Tecnológico, chegamos a um momento crucial. Na próxima sexta-feira (09/04) será apreciado o mérito do projeto do Parque Tecnológico no Conselho Universitário. De um lado estarão aqueles que defendem um projeto totalmente subordinado as leis de mercado e do outro os que defendem um Parque Tecnológico sob domínio público, que não aprofunde ainda mais a privatização da Universidade.

Infelizmente essa decisão será tomada por um Conselho que não representa a diversidade da Comunidade Acadêmica, pois mantém a composição arcaica baseada na super-representação de um único segmento (70% do CONSUN é composto de professores). Mas estaremos lá nos fazendo ouvir, com panfletos, cartazes e no rufar dos tambores. É hora de desfraldar nossas bandeiras novamente e garantir as mudanças que foram demandadas pela Comunidade nos debates públicos!

Coletivo LGBT UFRGS - Cinema e Homossexualidades

(Clique na imagem para ampliá-la.)

A mostra de cinema promovida em parceria entre o Coletivo LGBT da UFRGS e a Sala Redenção será uma atividade de extensão e, como tal, gerará créditos aos(às) participantes. As sessões têm entrada franca e a atividade também dará direito a certificados pelos quais será cobrada a taxa regular da UFRGS.

Para conseguir os créditos e o certificado, será necessário participar das sessões comentadas que acontecerão durante a mostra. Confira no cartaz a programação das sessões comentadas e agende-se!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Calouradas Lado B - O Outro Lado do Parque


De segunda (29) à quarta (31) acontecerão diversas atividades nos campi da UFRGS em que a comunidade universitária e a sociedade em geral debaterão o projeto de Parque Tecnológico. Te liga na programação atualizada!


SEGUNDA-FEIRA (29/03)

CAMPUS SAÚDE
18h30
- Pra que serve teu conhecimento: produção, distribuição e financiamento da Pesquisa no Brasil
Debatedores: Bernadete de Menezes (ASSUFRGS), Prof. Sueli Goulart (Escola de Administração/UFRGS), Cadori (MST)
Local: Anfiteatro Alfredo Leal - Faculdade de Farmácia


TERÇA-FEIRA (30/03)

ESEF
12h -
Apresentação do projeto do Parque e pontos críticos
Local: Em frente ao DAEFI.

CAMPUS DO VALE
14h30 - Tecnologia social e novas formas de produção
Debatedores: Prof. Carlos Schimidt (Núcleo de Economia Alternativa - Faculdade de Ciências Econômicas/UFRGS), Prof. Paulo Brack (Biologia/UFRGS), Saraí Brixsner (Movimento de Pequenos Agricultores)
Local: Sala do Pesquisador, 111 (ILEA, no prédio do IFCH)

CAMPUS CENTRO
18h30
- Universidade pública e o acesso ao conhecimento
Debatedores: Glauco Ludwig Araujo (Fórum por um projeto alternativo de Parque), Bernadete de Menezes (ASSUFRGS), ANDES-SN
Local: Auditório da Faculdade de Economia


QUARTA-FEIRA (31/03)

CAMPUS CENTRO
12h -
Apresentação do projeto do Parque e pontos críticos
Local: Em frente à FACED.
18h30 - Audiência Pública para discutir o Parque Tecnológico da UFRGS
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito (Campus Centro)
22h-00h - LUAU do outro lado do Parque
Local: Espaço CERI-DAECA, Faculdade de Economia
Contribuição: R$1,00

segunda-feira, 22 de março de 2010

1ª Audiência Pública Parque Tecnológico

As recentes mobilizações protagonizadas por estudantes,
funcionári@s, professores, movimentos sociais e sindicatos, que
questionaram o processo de implementação do Parque Tecnológico,
atingiram um objetivo crucial: tornar público o debate sobre sua
consolidação. Até então as discussões restringiam-se a alguns
setores da universidade, que ignoraram o Novo Código Civil
(referentes a temas polêmicos prevê a realização de audiências
públicas) para malogro da comunidade acadêmica e sociedade em
geral. Temos agora a oportunidade de debater o projeto do Parque
Tecnológico da UFRGS e levantar questões relevantes quando o
assunto é a universidade e a produção de conhecimento desta para
a sociedade.
O Debate amplo com a comunidade acadêmica e a sociedade civil se
inicia agora!

1ª Audiência Pública do Parque Tecnológico
Nesta terça (23/03)
às 16h
no Auditório do Instituto
de Informática
(CAMPUS DO VALE - Bento Gonçalves, nº 9500))
participe!

http://observatoriodoparque.blogspot.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Reflexões mulher e mídia


Mamãe, nós mulheres somos tão imbecis como nos mostra a TV, ou a TV é tão imbecil que não é capaz de nos mostrar como somos?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reunião define audiências públicas sobre o Parque

A vigília pró-democracia realizada dia 5 na UFRGS -- que foi marcada por lamentável repressão, não vista em nossa universidade desde os anos de chumbo -- resultou num acordo onde a Reitoria se comprometeu em adiar a votação do Projeto de Parque Tecnológico por 30 dias e organizar audiências públicas para que a comunidade universitária e a sociedade pudessem conhecer e debater a criação do Parque. Na última quinta (11) aconteceu reunião para definir as datas e formatos das audiências.

Estiveram presentes à reunião membros do Fórum por um projeto alternativo de Parque e representantes da Reitoria. Representantes das Engenharias, Farmácia, Comunicação, Ciências Sociais, Biomedicina, Filosofia, Psicologia, Relações Internacionais, Geografia, Pedagogia, Química e História, dentre outros cursos, assim como os porta-vozes da Assufrgs, da Via Campesina, do CPERS, do MTD, do Coletivo de Mulheres da UFRGS e dos coletivos estudantis Levante Popular da Juventude, GTUP, Todas as Vozes, Contestação, ANEL, Vamos à Luta e Romper o Dia manifestaram aos representantes do reitor que, ao contrário do que afirma a campanha difamatória liderada pelo Diretório Central dos Estudantes, ninguém é contra haver um Parque Tecnológico em nossa universidade. O que se pretende é que haja discussão pública sobre como deve ser configurado o Parque.



Os representantes da Reitoria infomaram que a reunião do Conselho Universitário para votação do Projeto de Parque está prevista para o dia 9 de abril, e propuseram a realização de duas audiências públicas à respeito em março. Havia sido acordado anteriormente, pelo reitor, a realização de quatro audiências, mas seus representantes alegaram que não haveria tempo hábil para a preparação das quatro audiências antes de abril. O Fórum foi sensível aos apelos e concedeu à nova proposta da Reitoria, em troca da garantia de que cada membro do Conselho Universitário receba, com pelo menos uma semana de antecedência, um dossiê que reproduza as discussões que serão realizadas nas audiências.

As audiências públicas acontecerão nos dias 23 e 31 de março, no Campus do Vale e Centro. Também foi definido o formato das audiências: elas iniciarão com um informe sobre o conteúdo do Projeto de Parque apresentado pela Reitoria e, na sequência, dois debatedores indicados pelo Conselho Universitário e dois indicados pelo Comitê farão suas considerações. Após, será aberto espaço para manifestações dos presentes. Na próxima semana, o Comitê tratará de acertar, junto à Reitoria, os detalhes para a realização das audiências públicas.

Convictos de que apenas esses espaços são insuficientes para a construção de um Projeto alternativo de Parque, o Fórum pretende organizar outras atividades nos campi. Igualmente, se coloca a disposição da comunidade universitária para organizar debates nos cursos. O protagonismo de tod@s será fundamental para garantir a ampliação da democracia e a construção de um Parque que atenda verdadeiramente aos interesses da sociedade.

Fonte: http://observatoriodoparque.blogspot.com/

Fórum por um projeto alternativo de Parque - Nota de esclarecimento

Em virtude das manifestações recentes do Reitor Carlos Alexandre Netto e da campanha difamatória orquestrada pelo Diretório Central dos Estudantes com o apoio da grande mídia, vimos prestar os seguintes esclarecimentos.

- Nunca foi o objetivo do Fórum de Mobilização do Parque Tecnológico frear o desenvolvimento científico da UFRGS ou ser contra a criação de um espaço para a pesquisa tecnológica aplicada como sugerem as manifestações do DCE e de alguns órgãos de imprensa;

- A manifestação de 5 de março teve exclusivamente a exigência da realização de outros canais de participação, como Audiências Públicas, antes da apreciação do projeto pelo Conselho Universitário, possibilidade amplamente respaldada no Novo Código Civil – em se tratando de temas polêmicos;

- A Reitoria procura confundir a opinião pública ao dizer que houve um amplo debate nas instâncias “competentes”. Este ficou restrito aos seus proponentes e alguns diretores de unidade, até chegar ao plenário do CONSUN (dezembro de 2009). As categorias foram alijadas da discussão sobre o Parque Tecnológico. A alegada discussão com os segmentos através de suas entidades representativas (ADufrgs, Assufrgs e DCE) se resumiu à apresentação de uma idéia genérica de Parque Tecnológico sem, contudo, a entrega de cópia do projeto e a informação que o mesmo seria encaminhado em outubro ao Conselho Universitário na sua versão final.

- Em diversas oportunidades a Reitoria tomou ciência dos pedidos de adiamento da votação para propiciar maior debate na Comunidade Acadêmica e sociedade civil. Na sessão do CONSUN de 04/12 em que a conselheira Paula Agliardi solicitou vista ao processo; na sessão de 15/01, na qual estudantes se manifestaram com cartazes durante a reunião, que acabou não efetivando a votação por falta de quórum; em fevereiro quando a Assufrgs encaminhou um pedido de audiência com o Reitor para discussão do tema e a requisição de não inclusão na pauta até a realização de ao menos uma Audiência Pública; culminando com a manifestação de estudantes e movimentos sociais no dia 3 de março, na qual o Reitor não se sensibilizou ante os apelos dos presentes;

- A intransigência da Reitoria foi a única responsável pelas ações de protesto, que culminaram no bloqueio das entradas do prédio da Administração Central na manhã da última sexta-feira (05/03), até que se reabrissem os canais de negociação;

- Infelizmente, a solução encontrada pelo Reitor Carlos Alexandre Netto para a resolução do impasse foi ordenar a tentativa de entrada no prédio pela Segurança Universitária e Polícia Federal, amparados no apoio da Brigada Militar – pronta para agir com balas de borracha e gás lacrimogêneo, caso os cacetetes dos seguranças da UFRGS não fossem suficientes. Os manifestantes (representantes de movimentos sociais, professores, servidores e estudantes – em sua maioria) passaram a ser brutalmente agredidos pelos seguranças, o que não ocorria desde a ditadura militar. A atitude irresponsável da Reitoria, que culminou nas cenas de agressão presenciadas pela imprensa, conselheiros universitários e comunidade universitária a deixou completamente isolada e obrigada a recuar;

- O Reitor Carlos Alexandre Netto delegou a uma comissão de conselheiros do CONSUN a incumbência de negociar com os manifestantes, se recusando a tratar pessoalmente do caso. Essa comissão se comprometeu em retirar o projeto da pauta do Conselho pelos próximos 30 dias e organizar, conjuntamente com este Fórum, quatro espaços de debate (um por campus), culminando com uma Audiência Pública no campus central, além de quatro meses para a discussão do regimento do Parque. Igualmente garantiu que nenhum dos manifestantes sofrerá qualquer tipo de processo pela manifestação da última sexta-feira.

- Repudiamos veementemente as notas públicas emitidas pelo Diretório Central dos Estudantes, que numa atitude absolutamente retrógrada que beira ao fascismo, exigiu da Reitoria maior repressão aos manifestantes. No momento em que essa entidade se recusa a somar esforços pela ampliação do debate sobre o Parque Tecnológico, não está a representar os estudantes da UFRGS;

Por fim, lamentamos profundamente a maneira como até agora vem agindo a Administração Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A truculência e intransigência da Reitoria maculam a História da UFRGS, reconhecida amplamente pelo ambiente democrático que sempre a colocou como protagonista de debates fundamentais da sociedade gaúcha e brasileira.

Batalharemos incansavelmente pela ampliação das discussões sobre o Parque Tecnológico da UFRGS e pelo encaminhamento dos compromissos assumidos.

Porto Alegre, 12 de março de 2010.

Fórum por um projeto alternativo de Parque

http://observatoriodoparque.blogspot.com/

terça-feira, 9 de março de 2010

Debate "Mulheres na Transformação Social"

8 de março: dia de luta das mulheres do campo e da cidade



As mulheres no dia 8
Não têm o que comemorar
Se ontem foram queimadas
Hoje vivem a lutar
No campo elas são oprimidas
Na rua não são ouvidas
Todo dia é nosso dia
A vida não se negocia
A gente não quer muito
A gente só quer tudo
Água, campo, trabalho
Saúde, cultura e educação
Na mesa alface, tomate
E arroz com feijão!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher: 100 anos de lutas

"Neste 8 de março, o mundo celebra os 100 anos do Dia Internacional de Luta da Mulher. Algumas vitórias foram conquistadas desde os primeiros anos do século passado, quando as mulheres começavam a se organizar para lutar contra as inúmeras injustiças de que eram vítimas, mas ainda há um longo caminha a percorrer. A idéia de criar uma data para marcar as lutas femininas – pela defesa do voto, contra a exploração e a opressão às mulheres etc. – partiu da socialista alemã Clara Zetkin, durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca.

A resolução foi uma alusão à morte de 129 operárias de uma indústria têxtil de Nova Iorque, EUA, em 1857. Durante uma greve, elas foram trancafiadas na fábrica, onde foram queimadas vivas durante um incêndio. A luta era pela redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias, que ainda seria uma carga horária considerada elevadíssima nos dias de hoje.

Muitas conquistas foram arrancadas desde lá. Em 1919, a OIT – Organização Internacional do Trabalho aprovou a Convenção 100, que prevê salários iguais para trabalhos iguais. Ainda assim, como muitas outras convenções das quais o Brasil é signatário, esse tratado não é cumprido e as desigualdades permanecem. Em profissões onde as mulheres são maioria, por exemplo, enfermeiras e auxiliares técnicas em hospitais, a exploração é brutal. Mas a luta não para. A enfermagem batalha pela regulamentação da carga horária semanal de 30 horas, em trâmite na Câmara Federal.

Recentemente, uma importante conquista foi a Lei Maria da Penha, que assegura um conjunto de direitos às mulheres vítimas de violência. Entretanto, também nesse caso, o cumprimento é uma luta diária. No ano de 2009, o governo federal executou apenas 20,6% do orçamento destinado a cumprir essa lei, que determina a ampliação de rede de serviços para atendimento de mulheres vítimas da violência, qualificação profissional de trabalhadoras domésticas e mulheres em situação de violência, ações de enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes, entre outros. A dívida pública consumiu 25 mil vezes mais recursos do orçamento do que as ações destinadas ao combate à violência contra a mulher.

Então, mulherada, vamos à luta para garantir nossos direitos!"

Por Luciana Genro

domingo, 7 de março de 2010

Sem debate, não passou!


Após passarem a noite em vigília, estudantes e movimentos sociais decidiram bloquear a entrada do prédio da Reitoria até que o Reitor Carlos Alexandre Netto se dispusesse a negociar a retirada do projeto do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário (CONSUN). Infelizmente a resposta dada foi com cacetetes. Os seguranças da Universidade receberam ordens de forçar a entrada no prédio e passaram a agredir @s manifestantes. Pela primeira vez em décadas a Brigada Militar entrou no Campus, por muito pouco não somando-se à força repressiva da UFRGS. Estudantes, servidor@s e professor@s foram agredidos e dois dos manifestantes tiveram de ser levados ao Hospital de Pronto Socorro com ferimentos na cabeça e braços.
Veja o vídeo do Coletivo Catarse sobre a manifestação:



A manhã de 5 de março de 2010 entrou para a história da UFRGS. Se por um lado manchada pela postura repressiva que não se via desde a ditadura militar, por outro pela vitória absoluta do movimento. A firmeza e a decisão de resistir d@s manifestantes obrigou a Reitoria a recuar. A postura covarde de jogar a segurança contra @s estudantes, antes de qualquer tentativa de negociação, sensibilizou um grupo de conselheir@s universitári@s que finalmente intercedeu junto à administração para mediar um diálogo. Da negociação o movimento saiu com as seguintes garantias:
1) Retirada do projeto da pauta do Conselho Universitário sem reapresentação por um prazo mínimo de 45 dias para votação do mérito e 4 meses para o regimento do Parque;
2) Constituição de uma comissão envolvendo as representações dos manifestantes, do CONSUN e da Reitoria para organizar um calendário de Audiências Públicas, Assembléias por campus e outras atividades de debate;
3) Nenhum processo será movido pela Universidade contra @s manifestantes.
Parabéns a tod@s que construíram essa vitória! Em especial aos movimentos sociais e sindicatos que estiveram conosco na luta, reivindicando seu espaço na discussão de uma Universidade verdadeiramente voltada aos interesses do classe trabalhadora.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vídeo sobre o ato de hoje na reitoria da UFRGS

Aí vai o endereço de um vídeo do clicRBS sobre o ato de hoje pra impedir a votação do parque tecnológico, momentos antes de começarem a nos bater.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=103696&channel=49

quinta-feira, 4 de março de 2010

Estudantes e movimentos sociais acampam em frente a Reitoria da UFRGS



No final da tarde desta quinta-feira dezenas de estudantes e integrantes de movimentos sociais instalaram-se com barracas em frente a Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os manifestantes afirmam que ficarão em vigília até a manhã desta sexta-feira, quando o Conselho Universitário (CONSUN) aprecia o projeto de criação do Parque Tecnológico da UFRGS.

A vigília dá continuidade às diversas manifestações ocorridas em função do polêmico projeto. Na quarta-feira, milhares de manifestantes adentraram os portões da Universidade após tumulto ocasionado pelo trancamento dos portões pela Reitoria. Alguns estudantes foram agredidos pelos seguranças da Universidade quando tentavam impedir o fechamento de um dos portões. Em seguida, somaram-se ao Ato as mulheres da Via Campesina que entoando cânticos se deslocaram juntamente com os estudantes até o prédio da Administração Central.

Uma comissão representando as entidades e movimentos sociais presentes no ato foi recebida pelo Reitor Carlos Alexandre Netto e seu vice, Rui Oppermann no saguão do prédio central da UFRGS. Mesmo frente aos apelos dos manifestantes, a Reitoria declarou que não retirará o projeto da pauta do Conselho Universitário, com sessão marcada para a próxima sexta-feira (05/03).

Um novo ato está sendo convocado para a próxima sexta-feira, com concentração às 7h30 em frente a Reitoria, antes da votação do CONSUN (com início previsto para às 8h30), visando sensibilizar os conselheiros pela retirada do projeto da pauta.

Assista aqui o vídeo da manifestação de quarta-feira:

Sem debate, não passará!

 

quarta-feira, 3 de março de 2010

Estudantes e movimentos sociais na luta pelo debate sobre Parque Tecnológico

Foto:  Leandro Silva
Na tarde do dia 3 de março estudantes realizaram manifestação pela retirada do projeto do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário da UFRGS. O ato iniciou com uma aula pública sobre o projeto, na qual estudantes, servidores e professores apresentaram os termos da proposta em tramitação, apresentaram suas dúvidas e manifestaram suas opiniões. Apesar da realização da atividade ainda em período de férias, ela contou com a participação de centenas de estudantes.
Durante a aula pública, os manifestantes receberam a informação que os portões da Universidade estavam sendo trancados. Tratava-se da marcha das mulheres da Via Campesina, que se deslocava do Parque Harmonia para solidarizar-se com os estudantes da UFRGS. Subitamente todos os que se encontravam no campus central viram-se encarcerados pela Reitoria no espaço que supostamente é público. Ninguém entraria, ninguém sairia, até que as mulheres em marcha desistissem da idéia de levar o povo para um espaço público. Houve empurra-empurra e agressões a estudantes por parte da segurança, até que os manifestantes conseguissem garantir a entrada dos movimentos sociais no campus.
Da parte dos manifestantes uma única reivindicação: democracia. A discussão de um tema tão polêmico e de extrema relevância para o futuro da Universidade deveria passar por um amplo debate social. Não foi o que entendeu a Administração Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Uma comissão representando as entidades e movimentos sociais presentes no ato foi recebida pelo Reitor Carlos Alexandre Netto e seu vice, Rui Oppermann no saguão do prédio central da UFRGS. Mesmo frente aos apelos dos manifestantes, a Reitoria declarou que não retirará o projeto da pauta do Conselho Universitário, com sessão marcada para a próxima sexta-feira (05/03).
Após o dia agitado e a forte mobilização, os manifestantes saem com uma certeza: a vitória definitiva só será alcançada com muita pressão. Um novo ato está sendo convocado para a próxima sexta-feira, antes da votação do CONSUN, visando sensibilizar os conselheiros pela retirada do projeto da pauta.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Retirar o projeto do Parque Tecnológico da pauta já!

Parque Tecnológico da UFRGS: você sabe o que é isso?

Está tramitando no Conselho Universitário um projeto de implantação de um Parque Tecnológico na UFRGS, completamente desconhecido pela imensa maioria da Comunidade Acadêmica e pela sociedade como um todo.

Já houve a tentativa de aprovação deste projeto durante as férias, no dia 15 de janeiro (sem sucesso por falta de quórum), quando a Reitoria pôde observar que diversos setores da Universidade exigem a abertura do debate na Universidade antes da aprovação do projeto. Mesmo a par da solicitação de diálogo, novamente a Reitoria tentará aprovar este projeto no período de férias, marcando a reunião do CONSUN para o dia 05/03!

Chamamos toda a Comunidade Universitária e a sociedade civil para uma grande manifestação com uma aula pública popular para esclarecer e discutir este projeto. Pela retirada imediata do projeto de Parque Tecnológico da pauta de votação do CONSUN até que seja aberto um amplo debate na Comunidade Universitária!

Aula publica pela retirada do projeto do Parque Tecnologico da pauta do CONSUN
Quarta (03/03)
13h30 na FACED


FÓRUM DE MOBILIZAÇÃO DO PARQUE TECNOLÓGICO
Grupo de Trabalho Universidade Popular / Coletivo de Mulheres UFRGS
http://gtup.wordpress.com

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sexo líquido, universo fluido...



Mojándolo todo
Luis Eduardo Aute

Tendida,
con los muslos como alas abiertas,
dispuestas al vuelo.. me incitas,
me invitas a viajar por lácteas vías
y negros agujeros levemente desvelados
por tú mano que juega
por pudores y sudores enjugando
entre pétalos de carne, el estigma
de tu flor más desnuda,
Mojándolo todo...
Volando por universos de licor.

Húmedas llamas
los labios que con tus dedos
delicadamente delatas, dilatas para mí,
mostrándome, obscena la cueva del milagro
por donde mana el líquido rayo de la vida,
incandescente fuente, lechosa lava,
salpicaduras de agua profunda que inunda
Mojándolo todo...
volando por universos de licor.

Mi boca
besando tus labios incendiados
se dispone a beber en tu cáliz de polen y licor
y, entre zumos y zumbidos de olas y alas,
libidinosamente libar el néctar
de la flor de tus mareas...
lamiendo la miel salada que te fluye
y quema mi lengua que vibra,
lasciva, entre savia y saliva
mojándolo todo...
volando por universos de licor

Mis alas
de cera batiendo combatiendo tu fuego
en oleadas de ardientes espumas y plumas
e Ícaro volando tan alto, tan alto...
que a punto de entrar en el jardín del Edén,
fundido su vuelo por tu derramado sol,
cae, como el ángel exterminado,
al mar de los naufragios,
mojándolo todo...
volando por universos de licor.