segunda-feira, 29 de março de 2010

Calouradas Lado B - O Outro Lado do Parque


De segunda (29) à quarta (31) acontecerão diversas atividades nos campi da UFRGS em que a comunidade universitária e a sociedade em geral debaterão o projeto de Parque Tecnológico. Te liga na programação atualizada!


SEGUNDA-FEIRA (29/03)

CAMPUS SAÚDE
18h30
- Pra que serve teu conhecimento: produção, distribuição e financiamento da Pesquisa no Brasil
Debatedores: Bernadete de Menezes (ASSUFRGS), Prof. Sueli Goulart (Escola de Administração/UFRGS), Cadori (MST)
Local: Anfiteatro Alfredo Leal - Faculdade de Farmácia


TERÇA-FEIRA (30/03)

ESEF
12h -
Apresentação do projeto do Parque e pontos críticos
Local: Em frente ao DAEFI.

CAMPUS DO VALE
14h30 - Tecnologia social e novas formas de produção
Debatedores: Prof. Carlos Schimidt (Núcleo de Economia Alternativa - Faculdade de Ciências Econômicas/UFRGS), Prof. Paulo Brack (Biologia/UFRGS), Saraí Brixsner (Movimento de Pequenos Agricultores)
Local: Sala do Pesquisador, 111 (ILEA, no prédio do IFCH)

CAMPUS CENTRO
18h30
- Universidade pública e o acesso ao conhecimento
Debatedores: Glauco Ludwig Araujo (Fórum por um projeto alternativo de Parque), Bernadete de Menezes (ASSUFRGS), ANDES-SN
Local: Auditório da Faculdade de Economia


QUARTA-FEIRA (31/03)

CAMPUS CENTRO
12h -
Apresentação do projeto do Parque e pontos críticos
Local: Em frente à FACED.
18h30 - Audiência Pública para discutir o Parque Tecnológico da UFRGS
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito (Campus Centro)
22h-00h - LUAU do outro lado do Parque
Local: Espaço CERI-DAECA, Faculdade de Economia
Contribuição: R$1,00

segunda-feira, 22 de março de 2010

1ª Audiência Pública Parque Tecnológico

As recentes mobilizações protagonizadas por estudantes,
funcionári@s, professores, movimentos sociais e sindicatos, que
questionaram o processo de implementação do Parque Tecnológico,
atingiram um objetivo crucial: tornar público o debate sobre sua
consolidação. Até então as discussões restringiam-se a alguns
setores da universidade, que ignoraram o Novo Código Civil
(referentes a temas polêmicos prevê a realização de audiências
públicas) para malogro da comunidade acadêmica e sociedade em
geral. Temos agora a oportunidade de debater o projeto do Parque
Tecnológico da UFRGS e levantar questões relevantes quando o
assunto é a universidade e a produção de conhecimento desta para
a sociedade.
O Debate amplo com a comunidade acadêmica e a sociedade civil se
inicia agora!

1ª Audiência Pública do Parque Tecnológico
Nesta terça (23/03)
às 16h
no Auditório do Instituto
de Informática
(CAMPUS DO VALE - Bento Gonçalves, nº 9500))
participe!

http://observatoriodoparque.blogspot.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

terça-feira, 16 de março de 2010

Reflexões mulher e mídia


Mamãe, nós mulheres somos tão imbecis como nos mostra a TV, ou a TV é tão imbecil que não é capaz de nos mostrar como somos?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Reunião define audiências públicas sobre o Parque

A vigília pró-democracia realizada dia 5 na UFRGS -- que foi marcada por lamentável repressão, não vista em nossa universidade desde os anos de chumbo -- resultou num acordo onde a Reitoria se comprometeu em adiar a votação do Projeto de Parque Tecnológico por 30 dias e organizar audiências públicas para que a comunidade universitária e a sociedade pudessem conhecer e debater a criação do Parque. Na última quinta (11) aconteceu reunião para definir as datas e formatos das audiências.

Estiveram presentes à reunião membros do Fórum por um projeto alternativo de Parque e representantes da Reitoria. Representantes das Engenharias, Farmácia, Comunicação, Ciências Sociais, Biomedicina, Filosofia, Psicologia, Relações Internacionais, Geografia, Pedagogia, Química e História, dentre outros cursos, assim como os porta-vozes da Assufrgs, da Via Campesina, do CPERS, do MTD, do Coletivo de Mulheres da UFRGS e dos coletivos estudantis Levante Popular da Juventude, GTUP, Todas as Vozes, Contestação, ANEL, Vamos à Luta e Romper o Dia manifestaram aos representantes do reitor que, ao contrário do que afirma a campanha difamatória liderada pelo Diretório Central dos Estudantes, ninguém é contra haver um Parque Tecnológico em nossa universidade. O que se pretende é que haja discussão pública sobre como deve ser configurado o Parque.



Os representantes da Reitoria infomaram que a reunião do Conselho Universitário para votação do Projeto de Parque está prevista para o dia 9 de abril, e propuseram a realização de duas audiências públicas à respeito em março. Havia sido acordado anteriormente, pelo reitor, a realização de quatro audiências, mas seus representantes alegaram que não haveria tempo hábil para a preparação das quatro audiências antes de abril. O Fórum foi sensível aos apelos e concedeu à nova proposta da Reitoria, em troca da garantia de que cada membro do Conselho Universitário receba, com pelo menos uma semana de antecedência, um dossiê que reproduza as discussões que serão realizadas nas audiências.

As audiências públicas acontecerão nos dias 23 e 31 de março, no Campus do Vale e Centro. Também foi definido o formato das audiências: elas iniciarão com um informe sobre o conteúdo do Projeto de Parque apresentado pela Reitoria e, na sequência, dois debatedores indicados pelo Conselho Universitário e dois indicados pelo Comitê farão suas considerações. Após, será aberto espaço para manifestações dos presentes. Na próxima semana, o Comitê tratará de acertar, junto à Reitoria, os detalhes para a realização das audiências públicas.

Convictos de que apenas esses espaços são insuficientes para a construção de um Projeto alternativo de Parque, o Fórum pretende organizar outras atividades nos campi. Igualmente, se coloca a disposição da comunidade universitária para organizar debates nos cursos. O protagonismo de tod@s será fundamental para garantir a ampliação da democracia e a construção de um Parque que atenda verdadeiramente aos interesses da sociedade.

Fonte: http://observatoriodoparque.blogspot.com/

Fórum por um projeto alternativo de Parque - Nota de esclarecimento

Em virtude das manifestações recentes do Reitor Carlos Alexandre Netto e da campanha difamatória orquestrada pelo Diretório Central dos Estudantes com o apoio da grande mídia, vimos prestar os seguintes esclarecimentos.

- Nunca foi o objetivo do Fórum de Mobilização do Parque Tecnológico frear o desenvolvimento científico da UFRGS ou ser contra a criação de um espaço para a pesquisa tecnológica aplicada como sugerem as manifestações do DCE e de alguns órgãos de imprensa;

- A manifestação de 5 de março teve exclusivamente a exigência da realização de outros canais de participação, como Audiências Públicas, antes da apreciação do projeto pelo Conselho Universitário, possibilidade amplamente respaldada no Novo Código Civil – em se tratando de temas polêmicos;

- A Reitoria procura confundir a opinião pública ao dizer que houve um amplo debate nas instâncias “competentes”. Este ficou restrito aos seus proponentes e alguns diretores de unidade, até chegar ao plenário do CONSUN (dezembro de 2009). As categorias foram alijadas da discussão sobre o Parque Tecnológico. A alegada discussão com os segmentos através de suas entidades representativas (ADufrgs, Assufrgs e DCE) se resumiu à apresentação de uma idéia genérica de Parque Tecnológico sem, contudo, a entrega de cópia do projeto e a informação que o mesmo seria encaminhado em outubro ao Conselho Universitário na sua versão final.

- Em diversas oportunidades a Reitoria tomou ciência dos pedidos de adiamento da votação para propiciar maior debate na Comunidade Acadêmica e sociedade civil. Na sessão do CONSUN de 04/12 em que a conselheira Paula Agliardi solicitou vista ao processo; na sessão de 15/01, na qual estudantes se manifestaram com cartazes durante a reunião, que acabou não efetivando a votação por falta de quórum; em fevereiro quando a Assufrgs encaminhou um pedido de audiência com o Reitor para discussão do tema e a requisição de não inclusão na pauta até a realização de ao menos uma Audiência Pública; culminando com a manifestação de estudantes e movimentos sociais no dia 3 de março, na qual o Reitor não se sensibilizou ante os apelos dos presentes;

- A intransigência da Reitoria foi a única responsável pelas ações de protesto, que culminaram no bloqueio das entradas do prédio da Administração Central na manhã da última sexta-feira (05/03), até que se reabrissem os canais de negociação;

- Infelizmente, a solução encontrada pelo Reitor Carlos Alexandre Netto para a resolução do impasse foi ordenar a tentativa de entrada no prédio pela Segurança Universitária e Polícia Federal, amparados no apoio da Brigada Militar – pronta para agir com balas de borracha e gás lacrimogêneo, caso os cacetetes dos seguranças da UFRGS não fossem suficientes. Os manifestantes (representantes de movimentos sociais, professores, servidores e estudantes – em sua maioria) passaram a ser brutalmente agredidos pelos seguranças, o que não ocorria desde a ditadura militar. A atitude irresponsável da Reitoria, que culminou nas cenas de agressão presenciadas pela imprensa, conselheiros universitários e comunidade universitária a deixou completamente isolada e obrigada a recuar;

- O Reitor Carlos Alexandre Netto delegou a uma comissão de conselheiros do CONSUN a incumbência de negociar com os manifestantes, se recusando a tratar pessoalmente do caso. Essa comissão se comprometeu em retirar o projeto da pauta do Conselho pelos próximos 30 dias e organizar, conjuntamente com este Fórum, quatro espaços de debate (um por campus), culminando com uma Audiência Pública no campus central, além de quatro meses para a discussão do regimento do Parque. Igualmente garantiu que nenhum dos manifestantes sofrerá qualquer tipo de processo pela manifestação da última sexta-feira.

- Repudiamos veementemente as notas públicas emitidas pelo Diretório Central dos Estudantes, que numa atitude absolutamente retrógrada que beira ao fascismo, exigiu da Reitoria maior repressão aos manifestantes. No momento em que essa entidade se recusa a somar esforços pela ampliação do debate sobre o Parque Tecnológico, não está a representar os estudantes da UFRGS;

Por fim, lamentamos profundamente a maneira como até agora vem agindo a Administração Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A truculência e intransigência da Reitoria maculam a História da UFRGS, reconhecida amplamente pelo ambiente democrático que sempre a colocou como protagonista de debates fundamentais da sociedade gaúcha e brasileira.

Batalharemos incansavelmente pela ampliação das discussões sobre o Parque Tecnológico da UFRGS e pelo encaminhamento dos compromissos assumidos.

Porto Alegre, 12 de março de 2010.

Fórum por um projeto alternativo de Parque

http://observatoriodoparque.blogspot.com/

terça-feira, 9 de março de 2010

Debate "Mulheres na Transformação Social"

8 de março: dia de luta das mulheres do campo e da cidade



As mulheres no dia 8
Não têm o que comemorar
Se ontem foram queimadas
Hoje vivem a lutar
No campo elas são oprimidas
Na rua não são ouvidas
Todo dia é nosso dia
A vida não se negocia
A gente não quer muito
A gente só quer tudo
Água, campo, trabalho
Saúde, cultura e educação
Na mesa alface, tomate
E arroz com feijão!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia da Mulher: 100 anos de lutas

"Neste 8 de março, o mundo celebra os 100 anos do Dia Internacional de Luta da Mulher. Algumas vitórias foram conquistadas desde os primeiros anos do século passado, quando as mulheres começavam a se organizar para lutar contra as inúmeras injustiças de que eram vítimas, mas ainda há um longo caminha a percorrer. A idéia de criar uma data para marcar as lutas femininas – pela defesa do voto, contra a exploração e a opressão às mulheres etc. – partiu da socialista alemã Clara Zetkin, durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca.

A resolução foi uma alusão à morte de 129 operárias de uma indústria têxtil de Nova Iorque, EUA, em 1857. Durante uma greve, elas foram trancafiadas na fábrica, onde foram queimadas vivas durante um incêndio. A luta era pela redução da jornada de trabalho de 16 para 10 horas diárias, que ainda seria uma carga horária considerada elevadíssima nos dias de hoje.

Muitas conquistas foram arrancadas desde lá. Em 1919, a OIT – Organização Internacional do Trabalho aprovou a Convenção 100, que prevê salários iguais para trabalhos iguais. Ainda assim, como muitas outras convenções das quais o Brasil é signatário, esse tratado não é cumprido e as desigualdades permanecem. Em profissões onde as mulheres são maioria, por exemplo, enfermeiras e auxiliares técnicas em hospitais, a exploração é brutal. Mas a luta não para. A enfermagem batalha pela regulamentação da carga horária semanal de 30 horas, em trâmite na Câmara Federal.

Recentemente, uma importante conquista foi a Lei Maria da Penha, que assegura um conjunto de direitos às mulheres vítimas de violência. Entretanto, também nesse caso, o cumprimento é uma luta diária. No ano de 2009, o governo federal executou apenas 20,6% do orçamento destinado a cumprir essa lei, que determina a ampliação de rede de serviços para atendimento de mulheres vítimas da violência, qualificação profissional de trabalhadoras domésticas e mulheres em situação de violência, ações de enfrentamento ao abuso sexual contra crianças e adolescentes, entre outros. A dívida pública consumiu 25 mil vezes mais recursos do orçamento do que as ações destinadas ao combate à violência contra a mulher.

Então, mulherada, vamos à luta para garantir nossos direitos!"

Por Luciana Genro

domingo, 7 de março de 2010

Sem debate, não passou!


Após passarem a noite em vigília, estudantes e movimentos sociais decidiram bloquear a entrada do prédio da Reitoria até que o Reitor Carlos Alexandre Netto se dispusesse a negociar a retirada do projeto do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário (CONSUN). Infelizmente a resposta dada foi com cacetetes. Os seguranças da Universidade receberam ordens de forçar a entrada no prédio e passaram a agredir @s manifestantes. Pela primeira vez em décadas a Brigada Militar entrou no Campus, por muito pouco não somando-se à força repressiva da UFRGS. Estudantes, servidor@s e professor@s foram agredidos e dois dos manifestantes tiveram de ser levados ao Hospital de Pronto Socorro com ferimentos na cabeça e braços.
Veja o vídeo do Coletivo Catarse sobre a manifestação:



A manhã de 5 de março de 2010 entrou para a história da UFRGS. Se por um lado manchada pela postura repressiva que não se via desde a ditadura militar, por outro pela vitória absoluta do movimento. A firmeza e a decisão de resistir d@s manifestantes obrigou a Reitoria a recuar. A postura covarde de jogar a segurança contra @s estudantes, antes de qualquer tentativa de negociação, sensibilizou um grupo de conselheir@s universitári@s que finalmente intercedeu junto à administração para mediar um diálogo. Da negociação o movimento saiu com as seguintes garantias:
1) Retirada do projeto da pauta do Conselho Universitário sem reapresentação por um prazo mínimo de 45 dias para votação do mérito e 4 meses para o regimento do Parque;
2) Constituição de uma comissão envolvendo as representações dos manifestantes, do CONSUN e da Reitoria para organizar um calendário de Audiências Públicas, Assembléias por campus e outras atividades de debate;
3) Nenhum processo será movido pela Universidade contra @s manifestantes.
Parabéns a tod@s que construíram essa vitória! Em especial aos movimentos sociais e sindicatos que estiveram conosco na luta, reivindicando seu espaço na discussão de uma Universidade verdadeiramente voltada aos interesses do classe trabalhadora.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vídeo sobre o ato de hoje na reitoria da UFRGS

Aí vai o endereço de um vídeo do clicRBS sobre o ato de hoje pra impedir a votação do parque tecnológico, momentos antes de começarem a nos bater.
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=103696&channel=49

quinta-feira, 4 de março de 2010

Estudantes e movimentos sociais acampam em frente a Reitoria da UFRGS



No final da tarde desta quinta-feira dezenas de estudantes e integrantes de movimentos sociais instalaram-se com barracas em frente a Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os manifestantes afirmam que ficarão em vigília até a manhã desta sexta-feira, quando o Conselho Universitário (CONSUN) aprecia o projeto de criação do Parque Tecnológico da UFRGS.

A vigília dá continuidade às diversas manifestações ocorridas em função do polêmico projeto. Na quarta-feira, milhares de manifestantes adentraram os portões da Universidade após tumulto ocasionado pelo trancamento dos portões pela Reitoria. Alguns estudantes foram agredidos pelos seguranças da Universidade quando tentavam impedir o fechamento de um dos portões. Em seguida, somaram-se ao Ato as mulheres da Via Campesina que entoando cânticos se deslocaram juntamente com os estudantes até o prédio da Administração Central.

Uma comissão representando as entidades e movimentos sociais presentes no ato foi recebida pelo Reitor Carlos Alexandre Netto e seu vice, Rui Oppermann no saguão do prédio central da UFRGS. Mesmo frente aos apelos dos manifestantes, a Reitoria declarou que não retirará o projeto da pauta do Conselho Universitário, com sessão marcada para a próxima sexta-feira (05/03).

Um novo ato está sendo convocado para a próxima sexta-feira, com concentração às 7h30 em frente a Reitoria, antes da votação do CONSUN (com início previsto para às 8h30), visando sensibilizar os conselheiros pela retirada do projeto da pauta.

Assista aqui o vídeo da manifestação de quarta-feira:

Sem debate, não passará!

 

quarta-feira, 3 de março de 2010

Estudantes e movimentos sociais na luta pelo debate sobre Parque Tecnológico

Foto:  Leandro Silva
Na tarde do dia 3 de março estudantes realizaram manifestação pela retirada do projeto do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário da UFRGS. O ato iniciou com uma aula pública sobre o projeto, na qual estudantes, servidores e professores apresentaram os termos da proposta em tramitação, apresentaram suas dúvidas e manifestaram suas opiniões. Apesar da realização da atividade ainda em período de férias, ela contou com a participação de centenas de estudantes.
Durante a aula pública, os manifestantes receberam a informação que os portões da Universidade estavam sendo trancados. Tratava-se da marcha das mulheres da Via Campesina, que se deslocava do Parque Harmonia para solidarizar-se com os estudantes da UFRGS. Subitamente todos os que se encontravam no campus central viram-se encarcerados pela Reitoria no espaço que supostamente é público. Ninguém entraria, ninguém sairia, até que as mulheres em marcha desistissem da idéia de levar o povo para um espaço público. Houve empurra-empurra e agressões a estudantes por parte da segurança, até que os manifestantes conseguissem garantir a entrada dos movimentos sociais no campus.
Da parte dos manifestantes uma única reivindicação: democracia. A discussão de um tema tão polêmico e de extrema relevância para o futuro da Universidade deveria passar por um amplo debate social. Não foi o que entendeu a Administração Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Uma comissão representando as entidades e movimentos sociais presentes no ato foi recebida pelo Reitor Carlos Alexandre Netto e seu vice, Rui Oppermann no saguão do prédio central da UFRGS. Mesmo frente aos apelos dos manifestantes, a Reitoria declarou que não retirará o projeto da pauta do Conselho Universitário, com sessão marcada para a próxima sexta-feira (05/03).
Após o dia agitado e a forte mobilização, os manifestantes saem com uma certeza: a vitória definitiva só será alcançada com muita pressão. Um novo ato está sendo convocado para a próxima sexta-feira, antes da votação do CONSUN, visando sensibilizar os conselheiros pela retirada do projeto da pauta.